Nas
andanças da vida...
Nos caminhos da vida...
Andei por tantas terras
Mundos diferentes conheci
E me banhando
Em culturas tão diversas
Aprendi a conviver e respeitar
Cada jeito do sujeito se mostrar
Sem nunca achar-me inferior
Nem tão pouco
Desprezar o que é do outro
Convivi na floresta maranhense
Ainda criança quebrei coco babaçu
E com suas cascas aprendi fazer carvão
Nos igarapés muitos banhos eu tomei
E dos jacarés sempre soube me livrar
Peguei água de raízes pra vender
E na colheita do arroz muito brinquei
Na farinhada fiz farinha e tapioca
E neste mundo minha infância
Floresceu...
Na Paraíba conheci o que é miséria
Onde morávamos a pobreza era rainha
E todo dia com a gente ela brincava
Nosso casebre era tão pequenininho
Que mal cabia tantas redes pra armar
Mas foi ali que a magia veio a mim
E neste aperto aprendi então a ler
Vendo meu pai frequentar o seu MOBRAL
Deste lugar não foi fácil de sair
Porque faltava o dinheiro pra voltar
Até que um dia Deus nos resgatou dali
E nos levou pra o seio da nossa terra
Pro RN, bem humildes regressamos
Onde felizes abraçamos nossa serra
Mas mesmo ali no lugar onde nascemos
A nossa vida era dura de viver...
Lá na caatinga até água nos faltava
Mas mesmo assim
Até flores nós plantávamos
E muitas vezes a fartura também vinha
O nosso mundo de tão seco era cinza
Mas com as cores do desejo era pintado
Só dessa forma nós podíamos suportar
E na estrada da esperança caminhar
Ao caminhar nessa estrada esperançosa
A gente ia conquistando o horizonte
E cada um no seu tempo chegou lá
Agradecendo a um Deus que tudo pode
E nos cobriu com o véu do seu amor
Nos caminhos da vida...
Andei por tantas terras
Mundos diferentes conheci
E me banhando
Em culturas tão diversas
Aprendi a conviver e respeitar
Cada jeito do sujeito se mostrar
Sem nunca achar-me inferior
Nem tão pouco
Desprezar o que é do outro
Convivi na floresta maranhense
Ainda criança quebrei coco babaçu
E com suas cascas aprendi fazer carvão
Nos igarapés muitos banhos eu tomei
E dos jacarés sempre soube me livrar
Peguei água de raízes pra vender
E na colheita do arroz muito brinquei
Na farinhada fiz farinha e tapioca
E neste mundo minha infância
Floresceu...
Na Paraíba conheci o que é miséria
Onde morávamos a pobreza era rainha
E todo dia com a gente ela brincava
Nosso casebre era tão pequenininho
Que mal cabia tantas redes pra armar
Mas foi ali que a magia veio a mim
E neste aperto aprendi então a ler
Vendo meu pai frequentar o seu MOBRAL
Deste lugar não foi fácil de sair
Porque faltava o dinheiro pra voltar
Até que um dia Deus nos resgatou dali
E nos levou pra o seio da nossa terra
Pro RN, bem humildes regressamos
Onde felizes abraçamos nossa serra
Mas mesmo ali no lugar onde nascemos
A nossa vida era dura de viver...
Lá na caatinga até água nos faltava
Mas mesmo assim
Até flores nós plantávamos
E muitas vezes a fartura também vinha
O nosso mundo de tão seco era cinza
Mas com as cores do desejo era pintado
Só dessa forma nós podíamos suportar
E na estrada da esperança caminhar
Ao caminhar nessa estrada esperançosa
A gente ia conquistando o horizonte
E cada um no seu tempo chegou lá
Agradecendo a um Deus que tudo pode
E nos cobriu com o véu do seu amor
***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
Natal,22.05.09
Texto da minha obra "Retratos Sentimentais da Vida na Caatinga"
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