
Este espaço, tem como objetivo principal, divulgar as vozes poéticas da caatinga nordestina,em grandeza, beleza e dificuldades...Vozes daqueles(as) que vivem a respirar pela arte, o silêncio e os gritos do povo e da terra deste lugar... Mostraremos retratos sentimentais de um bioma rico em diversidade de vidas e culturas, mas que no entanto, pouco é estudado, e menos ainda compreendido...Um bioma que muda a cara para sobreviver as prolongadas estiagens...
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Caatinga/ mandacaru em flores
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sábado, 29 de maio de 2010
Voz poética de Fátima Carvalho (Poetisa da Caatinga) Cel. João Pessoa / São Miguel
Enquanto sonho...
Faço meu mundo como desejo
E nele vivo com muito zelo
Toda a alegria a encontrar
Lá em meus sonhos...
Meu mundo é sempre dourado
E não existe nenhum pecado
Pois nesse mundo não há o mal
Enquanto sonho...
Entro num mundo tão colorido!
Fico encantada!
Não acredito que posso estar
Num mundo desse tão ideal!
Lá nos meus sonhos...
Vejo a vida
De uma maneira sempre florida
Em cada dia plantam-se árvores
A cada manhã nascem as flores
E no outono Colhem-se os frutos
Enquanto sonho...
Vivo feliz!
Mesmo na dor, encontro o amor
Essa magia não sei explicar
Se alguém pergunta como encontrar
O tal caminho do reino AMOR
Por um instante...Fico a pensar
Como ensinar alguém a chegar?
Lá no caminho do reino AMOR
E simplesmente hei de dizer
Que a natureza vem me mostrar
Cada caminho que devo andar
Então amando a natureza
Nela encontro toda a beleza
E passo a passo vou conhecendo
A face eterna do REI AMOR
Lá em seu reino eu sei chegar
Mas não sei bem como explicar...
Carvalho/janeiro de 2008
Texto da minha obra (Livro solo)" FLORESCER DA ALMA"
Voz poética de Emanuel Carvalho
Meu Cajueiro
O meu velho cajueiro
Que um dia me recebeu
Que doces frutos me deu
Sempre depois da florada
Posto em cima da calçada
É meu guarda-sol gigante
Seus galhos são como amantes
Enlaçados e bem cobertos
Suas folhas bem faceiras
Filtram o ar do meio dia
Ah, senhor! Como eu queria
Que seu tronco fosse eterno
Quando eu abria a janela
Bem cedo me deparava
Com uma orquestra cantando
De galho em galho pulando
Saboreando seu fruto
Sanhaçu, pardal, rolinha
De todo cantos eles vinham
De manhã e a tardinha
Meu cajueiro me parecia
Um viveiro a céu aberto
Tudo isso eu via de perto
Quando seus frutos amadurecia
Mas hoje velho e cansado
Seus galhos secos esfolados
Sem vigor pouco floresce
Seus frutos atrofiaram
Suas folhas ressecaram
E suas castanhas não crescem
Já recebi tantas propostas
De gente mal desalmada
Pra tirá-lo da calçada
Por não ter mais serventia
Mas por amor eu espero
Que ele se revigore um dia
Sem intenção de feri-lo
Querendo deixá-lo bonito
Por pura ignorância minha
Cortei uns galhos que tinham
Em outras plantas encostado
E ele sofreu com isso
Talvez tenha acelerado
O fim de sua produção
Gerando essa sequidão
Em suas folhas e galhos
Ah! Se meu arrependimento
O tornasse como antes
Nunca mais eu lhe tocava
Com objetos cortantes...
Emanuel Milhomens de Carvalho
Natal/2009
domingo, 23 de maio de 2010
Dueto: Emanuel e Fátima - O Bugari e o Jasmim
O Bugari e o Jasmim
Á flor de Bugari
Minha flor de Bugari
Que dorme durante o dia
Que a noite faz poesia
Que encanta o luar
Minha flor de Bugari
Parece estar encantada
Parece um conto de fada
Parece a luz do luar
(Emanuel Milhomens de Carvalho)
Ao meu Jasmim
Meu jasmim tão perfumado
Que vive perto de mim
No jardim onde habitamos
Sou feliz por seu amor
E a você dou meus encantos
Meu jasmim amor te tenho
Flor singela a me encantar
Admiro as suas cores
E gosto de cultivá-las
Neste jardim só de nós dois
Fátima Carvalho/11.11.09
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