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Caatinga/ mandacaru em flores

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Árvores da Caatinga

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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Alma poética - Voz poética de Poetisa da Caatinga











Alma poética
Nasceu do reino do Sol
Flor de menina
Cor de canela
Cabelos negros
Favo de mel
Brinca na terra e faz aquarela
Alma poética cresce no amor

Em meio a floresta
Brincando cantou
E os sons de seu canto
O mundo alcançou...
Alma poética no mundo voou

Nadando nos rios
Com os peixes falou
Mas foi a sereia quem lhe encantou
Alma poética passou a ser flor
Flor que adora o Deus que criou-lhe

A noite a menina
Se encanta com o céu
E vai ao além
Buscar as estrelas
E quando acorda também é estrela
Sua alma poética não morre jamais
Alma poética com Deus andará
                    ***
Fátima Alves: Poetisa da Caatinga

Natal, 24.10.2008

Texto do meu livro Palavras Singelas e Encantamentos...
Crédito da foto: Emanoel Milhomens

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Hoje o Sol me olhou... Fátima Alves - Poetisa da Caatinga

Hoje o Sol me olhou...

Hoje enquanto passava na ponte
O sol me chamou atenção
Reluzindo orgulhoso
Nas águas do rio Potengi
Seu brilho suave observei
E senti amor pelos dois
Pelo rio e pelo sol
Mas hoje, só o sol me viu
Pois o rio descansava
E sua luz brilhou muito mais
Nesse instante pra mim ele olhou
E no espelho sereno das águas
Seus raios me sorriram
Mas eu não pude ir até lá...
                ***
Natal, 24.08.09

Texto do meu livro "Palavras Singelas E Encantamentos..."

Estrela minha! Fátima Alves - Poetisa da Caatinga





















Estrela minha!

Penso em ti
Brilho
distante
E quando durmo
Te vejo em sonho

És para mim
Ponto de luz
Que o meu sono
Vem clarear...

No teu espaço
Em alma chego
Mas eu não sei
Quando irei

E acredito
Na eternidade
Que vai levar-me
Pra te encontrar...
           ***
Natal, 01.04.09 
Texto do meu livro "Palavras Singelas e Encantamentos..."
Crédito da foto : Emanoel Milhomens

terça-feira, 22 de julho de 2014

Com anjos caminho - Poetisa da Caatinga














Com anjos  caminho...

Anjos me guiam...
Dia e noite
Em qualquer lugar...
Nisso acredito!
Posso sentir sua presença

Anjos me guiam...
Não importa como estou
Alegre ou triste...
Com eles sempre caminho
Se canso... eles me ajudam

Anjos me guiam...
Pra passar qualquer tormenta
E em plena escuridão
A luz de Deus me clareia
Pois estou com os meus guias

Anjos nos guiam...
Mas só se a gente acreditar
Que eles são seres reais
Em espírito a nos guiar...

Fátima Alves – Poetisa da Caatinga

Natal, 29.10.09
Texto do livro Palavras Singelas e encantamentos... Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
 Foto de Emanoel  Milhomens

Barco da Solidão - Voz poética de Flauzineide Machado

Flauzineide de Moura Machado, poetisa de Areia Branca/RN



 

Barco da solidão


Era lá que me escondia
Meus anseios lá deixava,
Me sentia segura,
E navegava em meus sonhos,
Esfacelados.
O barco era pesado de tanto me ouvir
Chorar.
Ele não zarpava, porque comigo queria ficar:
Era minha companhia,
Meu mundo, meu amigo, meu céu, meu ar!...
Do barco da solidão,
Eu via as estrelas e a lua
A me espreitarem.
Só elas eram minhas confidentes.
Um dia, um belo dia,
O barco zarpou,
Comigo lá,
E devagar caminhou
Eu sorri,
Sorri a cantar!

Do livro Poética Minha 2002
 Flauzineide Machado

sexta-feira, 11 de julho de 2014

O meu país - Canta Zé Ramalho

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país
Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país
Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo
                         ***
Composição: Orlando Tejo, Gilvan Chaves e Livardo Alves

Flor - Voz poética de Emanoel Carvalho

FLOR

Lá do meio do sertão eu resgatei uma flor
Que era tímida, mau tratada em seus olhos vi a dor
Mas logo me apaixonei lhe dei carinho e amor
Não é uma flor cultivada dessas que brotam do chão
É uma flor de quatro patas com a mais bela perfeição
Mas era torturada sofria de rejeição
É uma flor delicada, uma criança inocente
Pelos seus gestos se via que era muito carente
Então para seu batismo me veio a ´flor` na mente

EMANOEL CARVALHO

24/06/2012

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Florescer na seca - Voz poética de Poetisa da Caatinga

















Florescer na seca

Pleno verão, sol fumegante
Terra deserta, areia e pedras
Solo rachado, tudo queimado
Neste lugar brota uma flor
Flor de uma planta própria dali
Cujas raízes sabem lutar
E guardam a água que lhe banhar

No florescer desta tal planta
Cuja beleza é de encantar
Ela anuncia que a chuva já vem
Quem mora lá vai se preparar
E paciente esperar o inverno
Pra nesse mundo a vida alegrar

Em pouco tempo muda o céu
Trazendo sinais a nos avisar
Mas só sabe ler esses sinais
Aquele(a) que a alma vive por lá
E além de viver... sementes plantou
Pra muito esperar ... num belo dia
A chegada da nobre flor!

Chegando a chuva neste lugar
A flor se envaidece por ali morar
E ver o seu mundo de verde cobrir-se
Um verde que traz a vida a pulsar 
E vozes felizes em coro a cantar
Um canto de amor...
Pra seu Deus exaltar!
             ***
Poetisa da Caatinga
Natal, 06.12.08
Texto do meu livro "Retratos Sentimentais da Vida na Caatinga"
Foto de minha autoria

quinta-feira, 3 de julho de 2014

De onde veio nossa primeira raiz? Voz poética de Fátima Alves Poetisa da Caatinga


















De onde veio nossa primeira raiz?

Num canto tão esquecido do mundo
Longe de qualquer progresso
Escondido e protegido
Pela imponência de muitas serras
Uma família certo dia chegou
E ali resolveu fazer morada
Em meio a tantas dificuldades
Até mesmo a falta d'água
Não se sabe de fato
Como isso aconteceu...
O primeiro a chegar naquelas terras
Na história se perdeu...
E as pistas não são concretas
Mas a comunidade foi real
Permaneceu e cresceu lá entocada
Por muito mais de um século
E vi meu avó morrer aos 80 anos
Envolvido pela paz daquelas serras
Percebe-se a partir daqui
Que estou a falar das minhas raízes
Pois é, estou mesmo!
Desde criança tenho a curiosidade
De saber como chegamos naquele lugar
E não encontro respostas que me saciem
Por isso quero registrar minhas suposições
Fios que por ter nascido naquela cultura
Com eles lidei e aprendi a tecer
Veja bem! Naquela brenha de serra
Muito distante e isolada das outras sociedades
Uma família denominada Batalha viveu singelamente
De acordo com suas próprias potencialidades
A cidade que é a sede do município
Foi colonizada por portugueses
Mas nada dessa cultura chegou até nós
Nossa família permaneceu isolada
Perdida ou escondida naquele mar de serras
Até, que pouco a pouco, seus membros
Por não suportarem tantas dificuldades
Foram abandonando aquelas terras
E aquele povo com jeito de índio
Que tinha suas próprias terras divididas em família
Que
produzia seu sustento em regime de mutirão
Que Vivendo do cultivo pra subsistência
Só plantavam em época de chuvas
E cultivavam naquelas alturas
Milho, feijão, mandioca, fava e algodão
Que só consumia o que dali retirava
Que em maioria casavam entre parentes
Foi aos poucos sendo vencida
Pelas dores da ausência das políticas públicas
E se vendo menosprezada e discriminada
Frente ao progresso do município
A comunidade se desfez em ritmo acelerado
E da sua história poucos fragmentos restaram
Estando hoje apenas na oralidade deste povo
Suscetível a em breve desaparecer por completo
Preocupada com a origem de minhas raízes
Venho tentando a vários anos
Encontrar respostas para minhas inquietações
De onde viemos?
E por que escolhemos aquele lugar pra morarmos?
Em anos de profundas reflexões...
E sem nenhuma base científica
Mas orientada pelo norte perseguido
Que pela minha vida percorri
Acredito que nossa comunidade
Poderá ter se formado
A partir de um pequeno quilombo de índios
Que por um determinado tempo
Se escondeu para sobreviver da cruel escravidão
E quando minha geração chegou
Já estávamos misturados a outros povos
Mas ainda, tendo muito dos costumes indígenas
Como também a maiorias das características físicas
Pois temos corpo, cor, cabelo e cara
Que retrata e nos faz lembrar esse povo
Um perfil do qual sinto orgulho
E quando me olho no espelho
Vejo em mim, muitos traços
Que me fazem reconstruir em reflexões
Nosso
início desconhecido
Mas ainda desejado e buscado
Nas palavras que foram silenciadas
E talvez enterradas vivas
Antes mesmo de ecoarem na voz do vento
A corrente comunitária de minhas raízes
Foi quebrada por não ter sido cuidada e preservada
E hoje procuro encontrar pequenos fragmentos
Para que possamos reconstruir mesmo colada
Por pequenos pedaços poucos e frágeis
A história da nossa história
Uma busca por cada raiz da família batalha
Que chegou e viveu nas entranhas da mata serrana
Num lugar de nome Serra das Almas
Lá no alto oeste daqui do RN
Onde hoje só existem as ruínas das nossas moradas
Ou somente os pés de cajarana e seriguelas
Que pontuavam a existência de cada casa
E eram lugares preferidos por crianças e animais
Um mundo de um povo simples e unido
Que não pode continuar organizado
Em comunidade familiar
E se desfez antes de se conhecer
Um Povo que nunca soube de fato quem foi
Nem tão pouco com isso se preocupou
Mas eu sim! Quero saber nossas verdades...
Quem fomos? E quem somos?
Porque amo muito... esse meu povo.

Fátima Alves - Poetisa da Caatinga

Natal,11.09.09
Texto do meu livro "Retratos Sentimentais da Vida na Caatinga"

Luar do Sertão - Canta Luiz Gonzaga

"Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão"

Oh! que saudade do luar da minha terra
Lá na serra braqueando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão

Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão

Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção é a Lua Cheia a nos nascer do coração

Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão

Mas como é lindo ver depois pro entre o mato
Deslizar calmo regato transparente como um véu
No leito azul das suas águas murmurando
E por sua vez roubando as estrelas lá do céu

Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão

Link: http://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/luar-do-sertao.html#ixzz36PZtpF2p

Visões da Lua cheia - Fátima Alves - Poetisa da Caatinga





















Visões da Lua cheia

Hoje vi a Lua cheia
Coisa linda de se ver
Puro encanto prateado
Que seduz os namorados

Hoje vi a Lua cheia
Entre os prédios da cidade
Uma beleza notável
Que mudou este cenário

Hoje vi a Lua cheia
Nascer acima do morro
Trazendo raios de prata
Enfeitados de paixão

Hoje vi a Lua cheia
Da janela do meu quarto
E não pude me conter
Me senti apaixonada

Hoje vi a Lua cheia
Trazer luz pra meu jardim
Claridade sedutora
A flor de cacto despertou

Hoje vi a Lua cheia
Com seu rosto bem feliz
Em véu de prata vestida
Querendo mostrar-se ao seu rei

Hoje vi a Lua cheia
Como sempre solitária
Pois o Sol já tinha ido...

Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
Natal, 07.07.09
Texto da minha obra "Palavras Singelas e Encantamentos"

sexta-feira, 23 de maio de 2014


Zé Ramalho
Beira mar 
Música de Zé Ramalho 
Eu entendo a noite como um oceano
Que banha de sombras o mundo de sol
Aurora que luta por um arrebol
Em cores vibrantes e ar soberano
Um olho que mira nunca o engano
Durante o instante que vou contemplar
Além, muito além onde quero chegar
Caindo a noite me lanço no mundo
Além do limite do vale profundo
Que sempre começa na beira do mar
É na beira do mar
Olhe, por dentro das águas há quadros e sonhos
E coisas que sonham o mundo dos vivos
Há peixes milagrosos, insetos nocivos
Paisagens abertas, desertos medonhos
Léguas cansativas, caminhos tristonhos
Que fazem o homem se desenganar
Há peixes que lutam para se salvar
Daqueles que caçam num mar revoltoso
E outros que devoram com gênio assombroso
As vidas que caem na beira do mar
É na beira do mar
E até que a morte eu sinta chegando
Prossigo cantando, beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão se arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
Ah! no peixe de asas eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar
É na beira do mar

quarta-feira, 26 de março de 2014

Voz de Solange Viana Garcia Rosa

ÁGUA ENGARRAFADA: UM DOS MAIORES GOLPES DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS

E se descobrisse que a água de garrafa que consome todos os dias da sua vida é muito mais cara e menos saudável que a água da torneira da sua casa de uma forma geral? E se descobrisse que foi alvo de um engodo comercial a vida toda e caiu como um patinho em águas controladas?


É o que concluiu Annie Leonard depois de realizar diversas pesquisas e estudos sobre um dos maiores golpes da indústria de bebidas contra o consumidor.

No seu vídeo, Annie levanta questões sobre o oportunismo que as indústrias fizeram na década de 70 depois que o refrigerante começou a perder vendas no balanço geral feito no final do mês. Ninguém mata a sede com refrigerantes, e é aí que surge o engodo da água engarrafada.

De acordo com pesquisas, as pessoas que passaram pelos testes, escolheram, sem saber, a água da toneira como tendo o melhor sabor. Os estudos provaram ter mais qualidade e em questões energéticas basta fazer a experiência oferecendo as duas ao seu cão e ver qual ele escolhe!

O mais curioso é que, se reparar, todas as marcas de água tem na sua embalagem lugares lindos e uma natureza intocável como fonte natural. Mas a bizarra verdade é que a água engarrafada, que paga caro e bem carp, vem da torneira destas indústrias.

Além disso o consumo do solvente universal colocado na garrafa, destrói o meio ambiente, causa diversos danos a países subdesenvolvidos e engana todos nós desde 1970. Foi nessa época que uma marca percebeu que o comércio da água poderia render zilhões de dólares e fez um sensacionalismo dizendo que a água da torneira era imbebível e insalubre para nós seres humanos.

Assista ao vídeo e entenda melhor um dos maiores golpes que tomamos das indústrias de bebidas:

http://portugalmundial.com/2014/03/agua-engarrafada-um-dos-maiores-...


Recomendo a leitura de "Nosso Filtro de Barro"

sexta-feira, 14 de março de 2014

Chuvas acabando a seca - Poetisa da Caatinga













Após dois anos de tanta seca
E de tanto horror
Chega a chuva!
Tão esperada
E tão amada
Pelo povo da Caatinga
Agora muda tudo
Um mundo novo desperta
A mata acorda e fica verde
Poeira e cinzas foram embora
As fontes antes secas se renovam
Há cânticos por todo lugar
Com orquestras divinais
E o povo que chorou e rezou
Já sorrir e paga promessas
                      ***
Fátima Alves – Poetisa da Caatinga
Natal,14.03.2014
 Foto de minha autoria

Mulher Nordestina - Nos versos de poetisa da Caatinga

















Mulher nordestina

Sou gente nordestina
Um encanto de mulher
Flor atípica pequenina
Que gosta demais de ser
Uma alma feminina

Semente aqui dessa terra
Que o vento com amor soprou
E levou lá pra o alto da serra
Onde um dia ela brotou
Em beleza que o sol espera

Com suas pétalas singelas
A caatinga por ela é enfeitada
E traz a grandeza verde amarela
Fortaleza e doçura de fada
Que se vê em qualquer janela
Dessa terra pela seca ressecada

Fátima Alves/ Poetisa da Caatinga

Natal,17.06.09
Texto do meu Livro " Retratos Sentimentais da Vida na Caatinga"
 Crédito de Emanoel Milhomens

quinta-feira, 13 de março de 2014

Inspiração num fim de tarde - Poetisa da Caatinga




Fim de tarde... início da noite

O sol já vai longe...
E lá no horizonte
Seus raios se despedem
E ele bem descansado
Se esconde por traz da serra

A natureza se aconchega
E faz seu ritual pra esperar a noite
Há silêncio e cânticos
Sonecas e despertares
O dia se vai pra noite chegar
O véu noturno já se aproxima
E as estrelas esperam a lua
Pra de mansinho aparecerem
Na noite que está nascendo

E lá acima da imponente serra
Vai surgindo um clarão
É a lua que vem chegando
Com seu esplendor e magia
Deixando o céu bordado de luz
E no espelho sereno do lago
A sua suave luz reluz

A noite vem cantando e encantando
As criaturas que nela despertam
E os amantes sentem na alma
Os mistérios do amor maior
Olhando o céu fazem promessas
Que para sempre irão se amar
E uma pequenina estrela cadente
Nesse instante!
Risca o céu com luz prateada

Fátima Alves/ Poetisa da Caatinga

Natal, 07.12.08
Texto do meu 2º Livro -Retratos Sentimentais da vida na Caatinga

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Alma poética - Voz poética de Fátima Alves - Poetisa da Caatinga



















Alma poética

Nasceu do reino do Sol
Flor de menina
Cor de canela
Cabelos negros
Favo de mel
Brinca na terra e faz aquarela
Alma poética cresce no amor

Em meio a floresta
Brincando cantou
E os sons de seu canto
O mundo alcançou...
Alma poética no mundo voou

Nadando nos rios
Com os peixes falou
Mas foi a sereia quem lhe encantou
Alma poética passou a ser flor
Flor que adora o Deus que criou-lhe

A noite a menina
Se encanta com o céu
E vai ao além
Buscar as estrelas
E quando acorda também é estrela
Sua alma poética não morre jamais
Alma poética com Deus andará
                    ***
Fátima Alves: Poetisa da Caatinga

Natal, 24.10.2008

Texto do meu livro" Palavras Singelas e Encantamentos..."

Manhã alegre - Voz poética de Fátima Alves - Poetisa da Caatinga


Manhã alegre

Manhã alegre
Sabe a coruja que vem chegando
E se prepara pra repousar
Um véu de ouro
Lá no horizonte
Vem clareando
E as estrelas vão descansar
Desperta a mata
E acorda os pássaros
Que saem dos ninhos
Pra lhe esperar
Cantando em coro a lhe encantar
Lá vem o Sol! Todo orgulhoso
No mar desponta em esplendor
Com mornos raios
A nos banhar
Em pouco tempo
Sobe a serra
Acorda as flores
E vai reinar...
 ***
Fátima Alves: Poetisa da Caatinga

Natal,13.11.08
Texto do meu livro "Palavras  Singelas e Encantamentos..."

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Voz poética de Emanoel Carvalho - Poeta Micaelense


TRISTEZA

Quando a seca castiga o meu sertão e eu vejo a nuvem lá em cima
Branca como a neve ou cristalina sem sinal de inverno eu entristeço
O sol quente derrete o meu juízo e eu vejo que o tempo muda o clima
As carcaças de bois pelas campinas é uma imagem dura da fraqueza
O vaqueiro suspira com tristeza vendo a cena que poucos imagina.

EMANOEL CARVALHO     20/05/2013

A dança do meu girassol - Voz poética de Fátima Alves - Poetisa da Caatinga


















A dança do meu girassol

Alegre-se minha flor amarela!
Daqui há pouco chega o vento
Quero te ver a dançar lá na janela
E sua beleza tocará meus sentimentos

Pétalas macias abraçadas pelo sol
Tão amarelas enfeitando meu viver
Dança tão belo um pequeno girassol
Que meus olhos não conseguem se conter

Pensa e deseja ser uma abelha a voar
Só pra em ti poder pousar devagarzinho
Brincar feliz a provar seu doce néctar

Meu girassol, passa o dia a dançar
Porque precisa seduzir o meu rei Sol
Enquanto isso... vou vivendo a cantar
                          ***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga / 07.06.09

Texto do meu livro : Palavras Singelas e Encantamentos...
 Foto de minha autoria