
Este espaço, tem como objetivo principal, divulgar as vozes poéticas da caatinga nordestina,em grandeza, beleza e dificuldades...Vozes daqueles(as) que vivem a respirar pela arte, o silêncio e os gritos do povo e da terra deste lugar... Mostraremos retratos sentimentais de um bioma rico em diversidade de vidas e culturas, mas que no entanto, pouco é estudado, e menos ainda compreendido...Um bioma que muda a cara para sobreviver as prolongadas estiagens...
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Caatinga/ mandacaru em flores
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sábado, 1 de maio de 2010
Amigo é...
HIPNOSE NOTURNA - Marcio Roberto

A névoa que tudo oculta
Ela não deveria estar aqui
O fascínio que ela exerce é demais
Hipnose noturna
A lua no quarto crescente
Some entre as nuvens e a névoa
Qual é qual? Já não sei mais
Hipnose noturna
O frio é acolhedor
O frio é o manto da noite
Mais acolhedor do que o do sol
Hipnose noturna
O efeito é barroco
Porém os tempos são modernos
O frio refresca a já gélida alma
Hipnose noturna
Apreensão mescla-se com o prazer
Alguém por perto observando...
Efeito colateral ou realidade?
Hipnose noturna
Corujas, grilos, gatos, cães
Componentes de uma orquestra sombria
Cujo único ouvinte vos fala
Hipnose noturna
Não consigo mais ver o horizonte
Será que a lua já se foi
Ou permanece ofuscada e angustiada?
Hipnose noturna
Ela teve sua cena roubada
Durante o seu monólogo
Já não basta ser ofuscada pelo dia?
Hipnose noturna
Estrelas! Já não lhes vejo
Queria dialogar com vós
Antes de ser levado pela música de Hipnos
Angústia noturna
Mais alguém para ver-te, noite?
Não, esse pertence ao dia
Deixe-o para lá
Indiferença noturna
Dai-me teu adeus, lua!
Ainda bem que a névoa intensa
Apiedou-se de mim e libertou-lhe
Misericórdia noturna
Agora ela ameaça com a chuva
Já que não submeti-me à canção
Oh! A batalha começo a perder
Desistência noturna
Então que assim seja!
Adeus, estrelas, noite, lua, névoa!
Que outras madrugadas como esta venham!
Despedida noturna.
Autor:
Marcio Roberto ( Filósofo e poeta- membro da SPVA)
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Voz poética de Franci Fernandes
Franci Fernandes
A primeira voz poética Encantense
A voar livre com o vento
Perfumando a Caatinga...
DENTRO DE MIM
Dentro de mim tudo acontece diferente,
Realidade e sonhos se misturam de repente:
Num instante, o mundo é um grande parque,
A vida é uma canção de ninar,
Ninguém é ruim, todos sabem cantar.
Diversões, brinquedos e canções;
No centro do universo, um picadeiro;
Um palhaço, movido por enormes emoções,
Plantando em cada canteiro
Flores para colorir os mundo inteiro.
Malabaristas sorridentes nas praças,
Mágicos de todas as religiões e raças
Jogam suas cartolas ao vento,
E, no impacto da magia,
Gaivotas irradiam pelo tempo.
Um nuvem mágica descarregando
Uma chuva de borboletas azuis...
Todos vivendo, todos amando numa atmosfera de luz!
No embalo do carrossel, crianças a gargalhar;
Eu, na roda gigante, querendo o céu alcançar.
Barquinhos de papel, espadas de pau,
Carrinhos de flandre, bonecas de pano,
O conto da Rapunzel, o reino do Lobo Mau,
A Cinderela no meio de muitos ciganos;
Branca de Neve procurando os anões
Que no circo faziam peripécias há anos.
No meio da floresta rios correm tranqüilos,
Nenhum animal em extinção.
A diferença disto ou daquilo
Se iguala no meu coração.
Duendes, fadas, muitas coisas encantadas
Povoam o meu imenso jardim.
Dentro de mim é assim,
A infância não tem fim.
Franci Fernandes
domingo, 25 de abril de 2010
Dia negro - Marcio Roberto
DIA NEGRO
"The sun never shone that day
From an early dawn the sky was grey"
A-HA
Onde está a tão aclamada luz?
O silêncio não mostra traços de alegria
O vazio de um inesperado dia sem sol
Conduz a um único caminho: a letargia!
Resquícios de luz solar tingem o céu
Mas são varridos sem deixar traços de existência
Com uma celeridade deveras fulminante
Por furiosas nuvens que não demonstram clemência!
Aonde foram todos? Aonde foram as vozes?
Os sorrisos, os passos, o calor humano?
Privando-me do sol, da lua e das estrelas
A solidão demonstra um comportamento desumano!
Há alguns dias atrás seria influenciado
Por esta atmosfera tenebrosa e sufocante
Contudo encontro-me feliz mas não por completo
Diferente do outrora melancólico cadáver errante!
Porém néscio não sou, mas o fui
Este monocromático dia é só um aviso
De que outros dias sem cor estão por vir
Como desafio para o meu escolhido destino!
17:45/18:05
15/02/10
Autor: Marcio Roberto ( Membro da SPVA)
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