Flauzineide de Moura Machado, poetisa de Areia Branca/RN
Barco da solidão
Era lá que me escondia
Meus anseios lá deixava,
Me sentia segura,
E navegava em meus sonhos,
Esfacelados.
O barco era pesado de tanto me ouvir
Chorar.
Ele não zarpava, porque comigo queria ficar:
Era minha companhia,
Meu mundo, meu amigo, meu céu, meu ar!...
Do barco da solidão,
Eu via as estrelas e a lua
A me espreitarem.
Só elas eram minhas confidentes.
Um dia, um belo dia,
O barco zarpou,
Comigo lá,
E devagar caminhou
Eu sorri,
Sorri a cantar!
Do livro Poética Minha 2002
Flauzineide Machado
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