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sábado, 1 de maio de 2010

HIPNOSE NOTURNA - Marcio Roberto

HIPNOSE NOTURNA
 A névoa que tudo oculta Ela não deveria estar aqui O fascínio que ela exerce é demais Hipnose noturna A lua no quarto crescente Some entre as nuvens e a névoa Qual é qual? Já não sei mais Hipnose noturna O frio é acolhedor O frio é o manto da noite Mais acolhedor do que o do sol Hipnose noturna O efeito é barroco Porém os tempos são modernos O frio refresca a já gélida alma Hipnose noturna Apreensão mescla-se com o prazer Alguém por perto observando... Efeito colateral ou realidade? Hipnose noturna Corujas, grilos, gatos, cães Componentes de uma orquestra sombria Cujo único ouvinte vos fala Hipnose noturna Não consigo mais ver o horizonte Será que a lua já se foi Ou permanece ofuscada e angustiada? Hipnose noturna Ela teve sua cena roubada Durante o seu monólogo Já não basta ser ofuscada pelo dia? Hipnose noturna Estrelas! Já não lhes vejo Queria dialogar com vós Antes de ser levado pela música de Hipnos Angústia noturna Mais alguém para ver-te, noite? Não, esse pertence ao dia Deixe-o para lá Indiferença noturna Dai-me teu adeus, lua! Ainda bem que a névoa intensa Apiedou-se de mim e libertou-lhe Misericórdia noturna Agora ela ameaça com a chuva Já que não submeti-me à canção Oh! A batalha começo a perder Desistência noturna Então que assim seja! Adeus, estrelas, noite, lua, névoa! Que outras madrugadas como esta venham! Despedida noturna. Autor: Marcio Roberto ( Filósofo e poeta- membro da SPVA)

Um comentário:

  1. Fátima, adorei seu espaço. Afetuoso abraço. Ângela Rodrigues Gurgel

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