Invista nas crianças, porque no geral, elas serão nossos frutos...
E vão agir pelos exemplos que vivenciaram...
Crianças: Minhas sobrinhas no jardim da minha casa
Fotos : Poetisa da Caatinga
Texto escrito no meu processo de avaliação do Curso Educação Ambiental e Geografia do Semiárido no IFRN
A missão antropo-ética-política
do milênio, é trabalhar práticas
conscientes e saudáveis, que mesmo nas diversidades culturais, possam
ser construídas, a “unidade planetária”. É urgente, a necessidade de
entendermos que a terra é “ A NOSSA MÃE
PÁTRIA”, pois nós moramos num
mesmo planeta, e tudo o que usamos é retirado dele. Esse planeta
é vivo , e interage com sua biosfera
e com todo o seu sistema planetário. Porém, só na Mãe
terra (Gaia) podemos de fato morar. Aqui
ressaltamos, que Morin ((2005) diz:
“A missão
antropo-ética-política do milênio é realizar a unidade planetária na diversidade.
Cabe-lhe vencer a impotência da humanidade para constituir-se como
comunidade, de onde a necessidade de uma política de humanidade.
Deve civilizar a Terra ameaçada pela explosão de antigas barbáries e
pela generalização da nova barbárie gelada da dominação pelo cálculo
tecnoeconômico, de onde a necessidade de uma política de civilização.
Tem de regular os quatro motores descontrolados que
impulsionam a nave espacial Terra rumo ao abismo:
" ciência —>
técnica —> economia —> lucro “
Frente a uma degradação visível a
todos os humanos, a qual estar afetando os ecossistemas que interagem
em unidade no planeta, e a gente antes de desenvolver esse olhar aguçado e
consciente, acha que tudo vai se
recompor, destrói sem sentimento de culpa ou dor. Porque ainda estamos alienados, e agindo no princípio de
egocentrismo, sem sair dele para uma visão altruísta. Nem sequer pensamos nas gerações após a nossa, mesmo sendo elas nossas
descendentes. E se não ´pensamos em nossa espécie, imagina, se vamos
pensar nos outros animais, bem como nos
seus ecossistemas.
Mediante minha sensibilidade para com qualquer
lugar deste planeta, principalmente a caatinga, o bioma onde nasci e onde vive
meu povo. Me preocupo mais ainda, pois lá, caminha de forma muita lenta, essa
visão de zelo, conservação, e convivência de forma
sustentável e harmoniosa com esse lugar
tão rico biodiversidade, mas tão frágil,
pelo fato dos seus habitantes ainda não terem aprendido de fato a lhe conhecer
e amar, numa ética compreensiva do dinamismo das vidas deste lugar
Diante dessa questão, sinto grande
dificuldade para escolher apenas 03(
três) práticas cotidianas locais, que
influenciam nos problemas socioambientais globais e vice versa, pois,
nós inconscientemente ou mesmo, alienados (as), achando que não tem nada a ver,
porque considera-se que os recursos do
planeta não se acabam, inclusive há
educadores, e não é da Caatinga, é daqui mesmo de Natal, que pensam assim, e
tem formar absurdas de agir com relação
a natureza, chegando inclusive a cortar a árvore da sua calçada ou
quintal, só por achar que folhas e fores murchas é lixo. Fico revoltada com educador insensível, porque , somos nós
que em grande parte contribuímos para a educação ambiental das pessoas.
Agora vou falar das atitudes diárias que,
passam tão sutis, de forma que quase ninguém percebe seus prejuízos ao nosso
mundo.
Bem, vivo uma filosofia ambientalista
( ainda com muitas dificuldades), mas tenho esse propósito, de a cada dia,
diminuir o consumo das coisas que
degradam o nosso planeta e contribuir para a sua morte
Procuro dizer muitos nãos ao consumismo alienante capitalista.
- Racionalização
da água
Aqui não lavamos a casa ( passamos apenas, o
pano, isso só gasta um balde de água), para lavar o carro, seguimos o mesmo
processo ( Com um balde de água, uma flanela, e pouco detergente, fazemos isso,
e o carro fica brilhando, e dentro dele, usamos o aspirador de pó) Não lavamos
calçadas, esperamos a chuva. Mas como criamos cães, aí, sim, lá a gente lava
com frequência, mas porque é necessário. O que economizamos de água,
aproveitamos para regar um lindo jardim, que nos dar ar fresco, despoluir o ar,
embeleza o lugar. E ainda
contribui para desenvolver a consciência ecológica de todos que chegam em nossa casa.
- A
comilança diária de carne bovina
Há (04) quatro anos nos livramos dessa
prática, eu particularmente só como carnes brancas, e pouca, ( não sou
carnívora), e os demais membros da casa, raramente compram carne vermelha. Tudo
isso porque temos consciência de que o
processo produtivo para a criação bovina
( gado para corte) gera grandes desmatamentos, e isso seca as fontes,
bem como assoreia rios e lagoas, contribuindo para a seca. E essas áreas
degradadas, vão passando por processos de desertificação do solo e se tornam
improdutivas. E ainda vale lembrar, que não precisamos comer carne vermelha todo dia, porque o melhor para nosso organismo, será reduzir
esse consumo, bem como, buscar outras fontes
que podem substituírem as carnes.
- Uso
constante de detergentes e desinfetantes
Esse problema é grave, porque polui, lençol freático ( se cair só nas
fossas), e se há rede de esgoto, sem estação de tratamento, ele vai direto para
os córregos, lagoas, rios e mares, passando a envenenar e sufocar esses
ecossistemas. Eu penso no tietê que recebe esse material, penso nos
Rios de Recife, quase todos poluídos, parecendo esgotos a céu aberto, penso no
rio da cidade de Encanto/RN, que já está poluído, penso No Rio Mossoró, tão
lindo!, porém, poluído e enfim, penso nosso Potengi, que ainda se mantem vivo,
mas sofre com mil formas de poluição, principalmente, essa dos esgotos.
domésticos. Dessa prática malvada para a natureza, vivo procurando me livrar,
mas não é fácil, os produtos que compramos, são poluentes. Então eu procuro
usá-los bem racionado, e só onde é
preciso. Porque fui criada no campo, lá no Encanto/RN, e naquela época nosso
rio não era poluído, era berçário de uma grande diversidade de vidas, mesmo
apesar dele não ser perene, mas ficavam pequenos lagos que se mantinham até o
próximo inverno. Ninguém lavava roupas dentro do rio, a não ser em períodos de
cheias. E ainda vale ressaltar, que o sabão era bem diferente desses que usamos
hoje, éramos nós mesmas quem os fazia, com frutos de oiticica, e outras plantas
que não me lembro mais, bem como, também fazíamos com gorduras de animal.
Fátima Alves / Poetisa da Caatinga
Natal /2012 -( IFRN)
Natal /2012 -( IFRN)
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